Ora aqui está uma BD que li apesar de ter sido desaconselhada. A verdade é que gosto de ir dando uma vista de olhos ao que é publicado a nível de banda desenhada em Portugal e ainda que os primeiros leitores de Hän Solo me tenham dito que não valia a pena o esforço, a minha teimosia venceu, agora que a minha memória foi reavivada pelo facto deste livro ter sido premiado numa convenção de BD recente.
Hän Solo é um trabalho que versa um momento da vida de Hän, um holandês bipolar que depois de fazer Erasmus em Portugal acaba por decidir cá ficar a tentar a sua sorte. Rui Lacas tem aqui uma base que lhe permitiria imensas possibilidades de exploração, desde a situação de um estrangeiro em Portugal, o preconceito, a xenofobia ou a aculturação; a relação amorosa estranha com uma portuguesa; o facto de querer trabalhar como fotógrafo, a desvalorização da profissão, os problemas de desemprego jovem; a doença bipolar em si ou a sua relação com todos os restantes problemas de Hän. A verdade é que o autor falhou em toda a linha. Depois de criar esta personagem, todas estas coisas foram simplesmente atiradas para o enredo - ou falta dele - até se alcançar um final que resolve uma parte dos problemas quase por magia ou acaso e ignora os restantes.
A ilustração é mediana, sem ser original nem interessante nem especialmente mal conseguida.
Assim sendo, só me falta perceber como é que esta obra foi sequer nomeada para prémios como melhor arte, melhor publicação nacional ou, pior ainda, melhor argumento. Menos ainda percebo como é que o público votou de forma a esta obra ser a vencedora destes três Troféus Central Comics, especialmente considerando que conheço muitos dos outros nomeados e que são trabalhos bastante superiores.
Não recomendo perder tempo com esta obra, a não ser que tenham uma obsessão por conhecer tudo o que é publicado em Portugal.
Hän Solo é um trabalho que versa um momento da vida de Hän, um holandês bipolar que depois de fazer Erasmus em Portugal acaba por decidir cá ficar a tentar a sua sorte. Rui Lacas tem aqui uma base que lhe permitiria imensas possibilidades de exploração, desde a situação de um estrangeiro em Portugal, o preconceito, a xenofobia ou a aculturação; a relação amorosa estranha com uma portuguesa; o facto de querer trabalhar como fotógrafo, a desvalorização da profissão, os problemas de desemprego jovem; a doença bipolar em si ou a sua relação com todos os restantes problemas de Hän. A verdade é que o autor falhou em toda a linha. Depois de criar esta personagem, todas estas coisas foram simplesmente atiradas para o enredo - ou falta dele - até se alcançar um final que resolve uma parte dos problemas quase por magia ou acaso e ignora os restantes.
A ilustração é mediana, sem ser original nem interessante nem especialmente mal conseguida.
Assim sendo, só me falta perceber como é que esta obra foi sequer nomeada para prémios como melhor arte, melhor publicação nacional ou, pior ainda, melhor argumento. Menos ainda percebo como é que o público votou de forma a esta obra ser a vencedora destes três Troféus Central Comics, especialmente considerando que conheço muitos dos outros nomeados e que são trabalhos bastante superiores.
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