Ouvi esta proclamação no Inferno (não morri, mas vejo o Canal Q) e pareceu-me uma das melhores caracterizações da política governamental que temos sofrido que eu poderia imaginar. Senão vejamos o que o governo que foi eleito com a ideia de que o português não aguenta mais nos tem dito e feito, para além do "ai aguenta, aguenta":
- começou por querer foder o estado social, para diminuir o despesismo (sempre se disse que o sexo emagrece, de facto, e eles bem falavam de gorduras);
- seguiu-se o encorajamento aos patrões: enrabem os trabalhadores, que a gente deixa! (e se alguns fugirem, arranjam-se outros, mais baratos, a quem a sodomia custe menos, a ver se aumentamos as exportações);
- houve ainda tempo para mandar os desempregados para o caralho, como quem diz, emigrar à força bruta e, como qualquer violador que se preze, acompanhado do "vais ver que vais gostar", desta feita no formato "isto é uma oportunidade";
- por fim, vêm agora pedir aos portugueses que se debrucem sobre o problema da baixa natalidade (ignore-se tudo o que fizeram antes, sob pena de isto parecer loucura, coitados) - pergunto-me se Passos também vai sortear carrões, a ver se convence os menos "abonados" a dar uso à ferramenta na esperança de um dia compensar as falhas com a aparência, e assim se multiplicar feito Coelho;
Diz que, na Europa, se diz hoje que a prostituição não pode ser uma profissão legalizada - não percebem estes tolos que assim é que nós portugueses parecemos todos desempregados? E se os mercados ouvem?
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