Tuesday, 20 December 2011

Set Fire to the Rain by Adele

It's amazing when a live performance of a music you've already heard dozens of times can still give you goose bumps. Adele not only sings but interprets the lyrics in a deep emotional yet very believable way. I dare to say she feels it as few singers today seem to. Here is her performance of Set Fire to the Rain at The Royal Albert Hall, an awesome song for a December night. (Unfortunately, as this one is shared through Vevo, one must go to YouTube to watch)



Let it burn...

Tuesday, 15 November 2011

Prescrição obrigatória por DCI

Na sequência do Prós e Contras de hoje, em que os bastonários da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Farmacêuticos foram convidados a discutir a questão da prescrição obrigatória por Denominação Comum Internacional (DCI) e as condições em que está a ser legislada actualmente, não resisti a dar a minha opinião sobre o assunto.

Antes de mais, eu sou a favor da prescrição por DCI e da atribuição de liberdade de escolha e responsabilidade ao utente, desde que haja conhecimento, condições de segurança e confiança que o permitam.
Infelizmente continua-se constantemente a tentar dizer que, como os genéricos em geral são óptimos, não se pode usar argumentos baseados em casos esporádicos para contrariar a prescrição por DCI. Discordo em absoluto. A troca cega por qualquer genérico para cada princípio activo deve ser permitida apenas se estivermos certos de que cada produto, cada genérico de cada princípio activo é seguro e equivalente ao original e também entre si! Dado que notoriamente não se tem feito isso, devido quiçá à existência de quantidades ridiculamente grandes de genéricos e à falta de controlo do infarmed na sua introdução no mercado, isto não pode acontecer. Ou o infarmed passa a funcionar, ou se passa a fazer concurso público para cada princípio activo limitando-se o número de medicamentos disponíveis para venda e aumentando-se o controlo e a confiança nos mesmos.
Dizer que a prescrição por DCI dá liberdade ao doente é ignorar que a liberdade implica informação. Já hoje se vê a confusão dos utentes com consequências como por exemplo a duplicação de tomas. Mesmo em relação ao preço, como é que se assegura que o utente pode escolher o mais barato? Como é que ele sabe? Quem é que consegue saber, para cada medicamento e a cada momento, quais os genéricos disponíveis e quais os mais baratos? Basta a pessoa que o atende dizer que há deste ou daquele e que não há do outro e acabou-se a liberdade do utente.
Passar o poder do médico para a pessoa que atende na farmácia não elimina a corrupção, só muda os intervenientes. Vejo semanalmente vários casos de trocas por medicamentos mais caros nas farmácias, mesmo com a cruz que em tempos teoricamente a proibía. Alegar que "é preciso confiar no farmacêutico" dá vontade de responder "é preciso confiar no médico" e com isso justificar manter o poder de prescrição tal como estava. Pura treta. Vale sempre a pena lembrar que as farmácias são estabelecimentos comerciais, com o natural objectivo de ter lucro, e que este advém do dinheiro que os utentes pagam pelos medicamentos, pelo que há um notório conflito entre o interesse do utente e o do dono da farmácia.
Assim sendo, dizer que se está a por a escolha na mão dos utentes é mais que demagogia, é pura mentira.
Por fim, e em tom de aviso aos que tenham tido a paciência de ler isto, lembro que estando o estado a comparticipar os medicamentos cada vez mais em quantias absolutas e não em percentagem, quem vai pagar a diferença nas trocas por medicamentos mais caros será directamente cada utente comprador. Daí a falta de preocupação dos governantes com este problema, não lhes afecta os números.

Mais, e como disse hoje o bastonário da Ordem dos Médicos, se a ideia fosse passar para o mais barato sem outras considerações, bastaria uma lei que o obrigasse. Não faria sentido passar essa escolha para o farmacêutico ou quem quer que seja. O utente informaria apenas se preferiria comprar o medicamento prescrito, igual ao que tomava antes ou mudar, nesse caso obrigatoriamente para o mais barato. Até parece simples.

Wednesday, 28 September 2011

Paradise by Coldplay

I am a confessed fan of Coldplay. This one was actually the first music preview of their next album that gave me hope I might like it a lot and almost instantly convinced me to get it when it's released:




Paradise
(Berryman / Buckland / Champion / Martin)

When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach so
She ran away in her sleep
and dreamed of
Para-para-paradise, Para-para-paradise, Para-para-paradise
Every time she closed her eyes

When she was just a girl
She expected the world
But it flew away from her reach
and the bullets catch in her teeth
Life goes on, it gets so heavy
The wheel breaks the butterfly
Every tear a waterfall
In the night the stormy night she’ll close her eyes
In the night the stormy night away she'd fly

and dreams of
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh
She’d dream of
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh-oh

lalalalalalalalalalala
And so lying underneath those stormy skies
She’d say, "oh, ohohohoh I know the sun must set to rise"

This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh
This could be
Para-para-paradise
Para-para-paradise
This could be
Para-para-paradise
Oh oh oh oh oh oh-oh-oh-oh

Saturday, 24 September 2011

"every passing minute"

‎"...every passing minute is another chance to turn it all around" (David, Vanilla Sky)

Yet, knowingly, we keep on wasting a bunch of them on a whole lot of stuff which comprise what we call everyday life, and with that wasting the chance, if we ever had one, of finding ourselves a real one, happiness, fulfilment, of finding whatever there is when you "turn it all around".

Tuesday, 16 August 2011

Desespero: medidas e discursos do XIX Governo Constitucional de Portugal

Sua excelência o nosso excelente Primeiro-Ministro espera que as excelentes famílias portuguesas "compreendam" que ele tem que cortar as despesas de forma excelente. Não se preocupe Pedro Passos Coelho, estou certo que os portugueses desempregados, sem dinheiro para pagar electricidade (alguns nem mesmo antes dos aumentos), casa, comida e por aí fora terão muito tempo para usar da sua capacidade de compreensão. Embora talvez não queiram, quando repararem que as pessoas eleitas para governar o seu país não conseguem, antes de tirar o pão da mesa dos menos afortunados, tentar balançar as contas do estado indo poupar nos ordenados, pensões, reformas dos milionários, nas parcerias público-privadas, aumentando os impostos sobre os maiores ordenados ou as grandes riquezas ou a banca (ou várias outras medidas - parece-me que por uma questão de justiça geral não se deve mexer nem num cêntimo de pessoas que vivem com até 500 euros por mês enquanto há tanta gente a viver com milhares ou dezenas de milhares de euros por mês). Talvez, dado ser impossível compreender isto quando nem se tem dinheiro para ligar a ventoinha a meio da tarde para refrescar a casa mal isolada que alugaram porque cabiam com os seus dois filhos esfomeados e não ficavam absurdamente longe do trabalho, talvez nesse momento prefiram não gastar o seu tempo a "compreender" as palavras e acções de Coelho e companhia. Talvez (e reforço sempre o uso da palavra talvez, porque, ao contrário dele, eu não "estou certo" de nada do que as pessoas pensam antes delas o dizerem) prefiram usar o seu tempo e imaginação a tentar arranjar uma maneira de não gastar tanto dinheiro, não pagar tantos impostos, roubar aos que têm muito dinheiro e, no desespero, mesmo aos que não têm assim tanto, para pelo menos poderem alimentar os filhos e pagar o tecto onde eles dormem. Estou certo de que argumentos como "o que estamos a fazer ficará na história", que não queremos o "caminho da conflitualidade", que temos que gastar (na Saúde) menos 10 a 15% do que em 2011 e "não há outra possibilidade" farão uma diferença importante no dia a dia das famílias que a crise e o governo colaboram para empobrecer, de forma que elas compreenderão tudo o que Pedro Passos Coelho quiser.

Já que estamos cheios de compreensão, porque não tentar compreender também que o Primeiro-Ministro de Portugal venha desconsiderar de tal forma o povo grego como num destes pobres discursos em que celebrou o facto de Portugal não ser visto como a Grécia (como quem diz, nós somos bons e eles são maus e na Europa percebem a diferença), isto dias depois de andarmos todos a queixar-nos de que lá fora viam Portugal como um bando de preguiçosos burros demais para se saberem gerir. Não seremos agora, por culpa de sua excelência o nosso Primeiro-Ministro, culpados precisamente da mesma coisa perante os gregos? De os ver como preguiçosos, como incompetentes e pouco compreensivos, conflituosos perante estas medidas, este discurso do "tem que ser"? Não estarão eles a lutar como nós devíamos lutar? Não deviam estar eles a discursar, queixando-se que lutam quase sozinhos contra as políticas que nos empobrecerão a todos? Que não temos outra forma de nos defender? Que os portugueses estão a ser tolos ao aceitar isto tudo pacificamente?

Tenho vergonha de pertencer a um país que elegeu para seu governador e representante esta figura. Tenho pena de pertencer de certa forma a este povo que, como alguém dizia noutro dia, é pacato e se deixa maltratar sem luta. Nunca como hoje pensei tanto em emigrar e não só por motivos económicos mas por vergonha e desespero. Por outro lado quero ficar cá, quero tentar o mais possível mudar o que quer que seja, nem que seja só um bocado, quase nada, para não deixar destruir Portugal.

Tuesday, 9 August 2011

Blackbird by The Beatles

This song has been living in my mind for some days now, after I saw its performance by Paul McDonald and Kendra Chantelle in American Idol's 10th season. I'm quite interested in following Paul's career, he has an unique voice and attitude and I'd love to know where he takes it. Anyway, I now wake up thinking about it Blackbird, I drive singing it (some might say it's hard to call it singing but I try), I go to sleep humming it. And now, with so much social tension around the world, there's no better time to share it here:


Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise

Blackbird singing in the dead of night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free

Blackbird fly, blackbird fly
Into the light of the dark black night

Blackbird fly, blackbird fly
Into the light of the dark black night

Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise


Thank you Paul McCartney, Thank you Beatles

Monday, 8 August 2011

Repo Men (2010) by Miguel Sapochnik

Recently I got to watch Repo Men and was really surprised. I had seen the trailer when the film was released but it didn't interest me enough to get me to see it. Or maybe I just didn't have the opportunity, you see, I can't really remember. Anyway, the film is really good, brings up a lot of food for thought about the society and has surprises well kept until the very end.
The film is placed in a futuristic Earth where a company named Union has created a way to produce artificial organs and sells them to the sick people at high costs which people are forced to pay by their credit line at overwhelming interest rates. The viewer is shown mostly the point of view of one of the repo men (Remy), the ones that recover, by any means necessary, the organs of the people that fail to pay, here played really well by Jude Law and being knocked out four times. In the beginning he and his friend and co-worker Jake (Forest Whitaker) may feel quite scary, being totally unaffected by the nature of their job and the unfairness of the system they are a part of. Gladly, the film isn't at all limited to showing a bit of bloodshed and despair, and Remy is eventually forced into rethinking all this, both by his wife and after a life-changing event in the course of one of his jobs. Saying anything more about the plot would be spoiling the experience of surprise and suspense weaved into Repo Men. If you are already interested, go watch it before reading anything else.
The best thing I got from this film was the way you can analyse the situation removing the specifics. This story could be about an organ selling company that kills people to take back the item from the ones that can't pay their absurd rates as much as it could be about banks getting people's houses and cars, leaving them not dead but most certainly dying in more ways than one. I was even thinking about the recent crisis in Ireland, Greece and Portugal and looking at the way the people in these countries are being forced to lose quality of life, lose jobs, lose the food on their tables because the "state" owes a lot of money after it was somehow forced into accepting some enormous interest rates. I'm not even going to discuss if the people should be paying this debt, I don't think so and even less in these conditions but that's another matter entirely. Even if one believes that the austerity policies are the best ones to solve this problem, can we really accept that people should lose their homes, their healthcare and even starve to death because the state owes money to some banks and even more so if we understand the manoeuvres by which that debt was increased?
Another very interesting theme that comes to mind after watching Repo Men follows the often repeated sentence in the film itself: "a job is just a job". But is it? Can one really agree that when he is doing his job he does not need to worry about its nature, its consequences, its impact on other people's lives, on other living beings, on Earth itself? I certainly don't. A job is not just a job, it is what it is, and as Remy learns (or does he?) by the end of the story, your job is a part of who you are. As characters in many other films and books often state, its not who you are but what you do that defines you. And this repo work wasn't wrong only because they accepted to kill people to get unpaid organs, it was even worse because they knew the way those unpayable credits were forced to the costumers who had no other choice than to submit or die without the transplant. All along the film Remy seems to only doubt continuing with his work when it affects his own life and only towards the end does he actually show an understanding of the unfairness of the system itself. But to be honest, if as an outsider, it's easy to say he is a bloodthirsty beast for doing what he does, would it be as simple to say the same about our own everyday job? Do we look at our jobs in terms of impact, justice, consequence and consider leaving them? Or do we rest every night confident that we did what we had to do in order to survive and that thought brings peace to our minds and avoids weighting on our consciousness. An amazing example of how radical events can open one's eyes to the nature of their jobs and their responsibility for following orders is Vincent Hughes, an Irish man who abandoned his job in a bank for feeling ashamed to be a part of the financial system that was behind the crisis that affects his people.
My only grudge with Repo Men was that, again, a romantic interest had to come and play an important part of everything happening. It's not that it didn't fit into the story or that I didn't like Alice Braga, I did, but after so many films one starts to feel that the industry wants you to believe that romantic passion is the one and only drive for change in this world, concept with which I thoroughly and deeply disagree.
This is, for me, what makes a very good film, its ability to make me reflect about old and new themes, to bring new ideas to mind, to make me rethink my opinions or even my whole life.

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Vi recentemente o Repo Men e fui genuinamente surpreendido. Tinha visto o trailer na altura em que o filme saiu mas não fiquei suficientemente interessado. Ou talvez simplesmente não tenha tido oportunidade para o ir ver. De qualquer forma, o filme é muito bom, surpreendeu-me até ao final e deixou-me a pensar.
A história leva-nos a uma Terra futurista, na qual uma companhia chamada Union descobriu uma forma de produzir órgãos artificialmente e vende-os às pessoas doentes a preços elevados de forma que eles acabam por ter que pagar submetendo-se a um crédito com juros exagerados. O filme segue quase sempre Remy - com uma interpretação impecável por Jude Law - um dos homens que trabalha para a Union, recuperando os órgãos de clientes que não conseguem pagar as prestações, mesmo que para ísso tenham que morrer. No início do filme ele e o seu amigo e colega Jake (Forest Whitaker) são de certa forma assustadores, tal é a sua despreocupação perante o tipo de trabalho que realizam e a injustiça da qual fazem parte. Felizmente, o filme não se limita a mostrar desespero e sangue derramado, e depressa leva Remy ao ponto em que é pressionado a reavaliar a sua vida, tanto por parte da esposa como por um acontecimento que muda a sua perspectiva. Dizer algo mais do argumento de Repo Men seria estragar a experiência de suspense e surpresa que consegue proporcionar. Se por esta altura já despertei interesse, então o melhor é ver o filme antes de ler o resto.
Uma das melhores coisas deste filme é o quanto pode ser descontextualizado e aplicar o raciocínio que dele provém a várias outras situações. Esta história é credível tanto sendo baseada na Union como no contexto das instituições bancárias que acabam por penhorar a casa e o carro aos clientes que não conseguem pagar os empréstimos, por vezes deixando-os não mortos como no caso da Union mas com poucas possibilidades de sobreviver. Lembrei-me igualmente das recentes crises na Irlanda, Grécia e Portugal, onde as pessoas estão a perder qualidade de vida, o emprego e até o sustento porque o "estado" deve quantidades inacreditáveis de dinheiro depois de ter sido de certa forma forçado a aceitar taxas de juro absurdas. Não quero estar agora a discutir porque nem sequer acho que as pessoas devam estar a pagar estas crises e muito menos nestas condições, porque não é esse o intuito deste texto. Mas ainda que alguém possa acreditar que as políticas de austeridade são a melhor forma de resolver estes problemas, pode ele mesmo aceitar que as pessoas percam casa, cuidados de saúde e até a comida da mesa porque o estado deve dinheiro a alguns bancos (e mais se perceber as manobras que levaram à criação das ditas dívidas)?
Outro tema vem à cabeça no seguimento da frase tantas vezes repetida no filme: "um trabalho é só um trabalho". Será? Poderá alguém concordar que quando está a trabalhar não precisa de se preocupar com a natureza, as consequências, o impacto desse mesmo trabalho nas vidas das outras pessoas, noutros seres vivos ou até no próprio planeta Terra? Eu decerto não. Um trabalho não é, simplesmente, um trabalho, é o que é e, como Remy percebe (ou parece perceber) no final da história, é também uma parte de quem cada um é. Como muitas personagens de vários filmes e livros já disseram, não é quem nós somos mas aquilo que fazemos que nos define. Este emprego não é só condenável por consistir em matar pessoas para recuperar órgãos que não pagaram, é-o ainda mais por eles saberem a forma como os créditos de pagamento quase certamente impraticável eram impingídos a clientes cuja outra hipótese era morrer sem o transplante. Ao longo do filme Remy parece apenas reconsiderar este trabalho quando ele o afecta directamente e só no final parece mostrar alguma compreensão da injustiça do sistema do qual fez parte. Mas sejamos honestos, se de fora é fácil vê-lo como um monstro sanguinário, seria assim tão simples analisar da mesma forma o nosso próprio emprego? Será que levamos mesmo em conta o seu impacto, a justiça, as consequências e a considera-las, seriamos capazes de o deixar de imediato? Ou será que descansamos todas as noites convictos de que só fazemos o que temos que fazer para sobreviver e chega este pensamento básico para descansar a nossa consciência? Um exemplo fantástico de como acontecimentos extremos nos podem abrir os olhos é Vincent Hughes, um Irlandês que se demitiu do seu emprego num banco por se sentir culpado por pertencer ao sistema financeiro que provocou a crise que tanto prejudica o seu povo. Tomei conhecimento disto numa notícia recente no Diário Económico, para a qual deixo aqui a ligação.
Aquilo de que menos gostei em Repo Men foi aquela típica e francamente cansativa necessidade de incluír um interesse romântico como força motriz. Não que não fizesse sentido no momento da história ou que eu não gostasse da interpretação de Alice Braga, muito pelo contrário, mas depois de já ter visto o mesmo conceito usado ad nauseum dá a sensação de que a industria cinematográfica mainstream quer fazer-nos acreditar que a paixão romântica é a única motivação para a mudança neste mundo, ideia com a qual eu discordo profundamente.
De resto, isto é para mim o que faz de umas horas de filmagem um bom filme, a sua capacidade de me pôr a reflectir sobre coisas novas ou antigas, oferecer novas ideias e me obrigar a reconsiderar as minhas opiniões ou a minha vida em geral.

Saturday, 6 August 2011

Martin Rowson

Martin Rowson is a British cartoonist and novelist who I discovered today, after paying more attention to The Guardian's cartoon section. He has been spot on, illustrating the latest events on world economy and politics. One of my favourites is his take "on the US debt ceiling negotiations", but I advise anyone to just check all the cartoons and have a laugh at the ridicule - The Guardian comment cartoon - or just subscribe to the webfeed. As another good example, the picture to left is his cartoon on the US debt deal and links to the original web page at guardian.co.ok.
According to Wikipedia his works are also published in The Independent, the Daily Mirror and Morning Star and he is also a novelist - I'm actually considering looking for his book The Dog Allusion: Gods, Pets and How to Be Human although I am almost sure I'll disagree that keeping pets is a waste of time.

Why pay or get paid for sex? - Guardian.co.uk

I just read a very interesting article about this theme in the guardian, one of my favourite on-line journalism sources, and decided to share it. It doesn't answer these questions, it wouldn't be as simple as that, but it collects letters from some sexual workers and clients with different points of view. I'm wish this issue could be talked/written about in public media without restraint or submission to the typical prejudices. We need eye-openers here and now, to stop believing all the workers are forced into it or desperate addicts. If your curiosity is piqued, follow this link. The one thing that makes the article feel thoroughly incomplete is that all the stories are from female workers and male clients, which contributes to the stereotypical idea of this business, but it is explained because the material belongs to the author's projects Letters from Johns and Letters from Working Girls, comments collected by Susannah Breslin from 2008 to 2009 and probably worth a look too.

Tuesday, 2 August 2011

The Wonderful Wizard of Oz and The Marvellous Land of Oz by L. Frank Baum

I've recently read, while travelling around Scotland (which, by the way, is one of the most beautiful places I've ever been to), both The Wonderful Wizard and The Marvellous Land of Oz in e-book format on my Galaxy Tab. First of all I must say that reading in the tab was surprisingly good, I was expecting to miss the book experience much more than I actually did, but that being said, I still prefer real books. Then I'd like to talk about Project Gutenberg. It's a database of over 36 thousand free e-books in either ePub, Kindle, HTML or simple text format. Anyone who's interested in reading classics with expired copyrights go ahead and pay the site a visit, you surely won't regret it and if you want to you can even contribute to the adaptation process.
Now to talk about the books on the Land of Oz, I must start by saying that, of course, I had already seen the film, I knew most of the first story by heart and wasn't really expecting a lot of surprises. And I didn't get them. The author proposes to write a book "for the children of today", trying to keep the wonders and remove the nightmares and moralist elements from the stories, and he ends up managing that quite well, although he couldn't - or perhaps never really wanted to - avoid the transmission of morals as I show ahead. It's a fairly easy read, quick and seemingly uncomplicated with few hidden senses to it. It all starts with Dorothy being thrown into the Land of Oz by a cyclone and then travelling through the place to find some way to get back to her home and family. In her travels she gets to know many different places and people and brings with her the Scarecrow, the Tin Woodman and the Lion, who hope the Wizard can help them get brains, heart and courage respectively. There are two things that stand out as the main messages of these stories, introduced in The Wonderful Wizard of Oz and further developed in The Marvellous Land of Oz. One is the idea of attribution of an ability or characteristic to something objective (beware: SPOILERS ahead) - the intelligence to the brain, the emotion to the heart - associated with the belief that such things cannot be developed or discovered in oneself and must be innate or given to you by an authority - the courage the wizard gave to the lion by having him "drink it". The other is the fallacy known as the appeal to (inappropriate) authority, seen here in the figure of the Wizard of Oz, who, for being the most powerful man in the land would surely know how to give brains, heart, courage and even how to send Dorothy back home. This absurd fact is further enhanced when, in the second book (again, careful with SPOILERS), the characters show that they still believe the Wizard of Oz was very powerful, apart from the fact that they themselves found out he was a fake wizard, because only one with such astonishing abilities could have given them the high quality brains and heart they now believe to be using. Two other noticeable things that contribute to the reader's perception of this are the lack of change to the Scarecrow's intelligence or the Tin Woodman's emotionality and also the lack of considerable difference between the Scarecrow and other characters in terms of said intelligence, even though they do ask him to use his brain to solve some problems, they also believing him to be the smartest of the group. These developments aside, the second book feels much more as a classical fantastic story, with a king overthrown, a rogue wicked witch, some magical feats and even a lost princess, though the author does start being bolder in terms of experimenting and introduces things such as a creature made by magic that wishes to be dead and even gender-changes. The relationship between Jack Pumpkinhead and Tip is also quite interesting and often comic.
These books weren't really exciting, not that they don't have good plots or that they don't bring any food for thought, but in the end I think what really didn't work out for me was the writing. They're books to be enjoyed by children and I believe I would have liked them a lot more years ago. I'm still glad I read them! Next on my list were Alice in Wonderland and Through the Looking-Glass and I am also slowly reading Beyond Good and Evil by Friedrich Nietzsche, but only when my mind feels rested and concentrated enough. Yesterday I started reading A Dance With Dragons by George R.R. Martin which I am hoping to find amazing!

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Li recentemente, durante uma viagem pela Escócia (um dos sítios mais bonitos que já vi), O Maravilhoso Feiticeiro de Oz e a sua sequela (The Wonderful Wizard of OzThe Marvellous Land of Oz) em formato e-book na minha Galaxy Tab. Começo por dizer que ler na tab foi surpreendentemente bom, estava à espera de sentir muito mais falta do livro como objecto e como experiência, mas mantenho a preferência pela leitura tradicional. Quero também divulgar o Project Gutenberg, uma base de dados com mais de 36 mil e-books em vários formatos e de acesso gratuito por já terem expirado os direitos de autor. Interessados em ler clássicos não se vão arrepender de ir dar uma vista de olhos.
Agora para comentar os livros sobre Oz propriamente ditos, começo por admitir que já tinha visto o filme e conhecia bem a história do primeiro livro, pelo que não esperava surpresas e, de facto, não fui surpreendido. No prefácio, Frank Baum propõe-se a escrever um conto para as "crianças modernas", mantendo elementos fantásticos alegres mas evitando os pesadelos e os moralismos. O autor conseguiu na minha opinião atingir estes objectivos, excepto na evicção dos elementos transmissores de morais - que, quem sabe, talvez nunca tenha realmente querido - como comentarei mais à frente. O texto é fácil, de leitura rápida e aparentemente simples, com poucos segundos sentidos. A primeira história inicia-se com Dorothy a ser transportada para Oz por um ciclone, partindo depois ao encontro do Feiticeiro de Oz, viagem que serve para integrar todo o enredo e as diversas personagens. Dorothy acaba por ser acompanhada por um espantalho, um lenhador de lata e um leão que esperam que o Feiticeiro lhes possa dar um cérebro, um coração e coragem, respectivamente. Há essencialmente duas mensagens que se destacam no primeiro livro e são aprofundadas no segundo (cuidado com SPOILERS daqui em diante). Uma é a atribuição simples e directa de uma capacidade a algo objectivo, um órgão, como a inteligência ao cérebro ou o sentimento ao coração, associada à ideia de que as mesmas capacidades não podem ser desenvolvidas ou encontradas no próprio, tendo que ser inatas ou então criadas ou atribuidas por uma entidade externa, poderosa, aqui na forma do Feiticeiro de Oz, ilustrada na forma como dá ao leão uma bebida que o torna corajoso. A outra é a falácia do apelo à autoridade, neste caso a do Feiticeiro que, por ser considerado o homem mais poderoso de Oz, certamente saberia como dar cérebro, coração, coragem e mesmo transportar Dorothy de volta para casa. Esta ideia é enfatizada no segundo livro, onde se mostra que as mesmas personagens que descobriram que ele os tinha enganado, continuam a afirmar que o Feiticeiro teria que ser muito poderoso caso contrário não lhes poderia ter dado os órgãos de elevada qualidade que agora possuem e que acreditam ser a causa da sua inteligência e sensibilidade/emocionalidade, respectivamente. Isto é ainda ilustrado de mais duas formas, tanto por não se notar qualquer alteração na inteligência do espantalho ou na emocionalidade do  homem de lata depois de terem obtido os ditos órgãos, como por, em especial no caso do espantalho, não haver diferença significativa entre a capacidade intelectual por mostrada e a das restantes personagens da história, isto apesar de em várias situações lhe pedirem que use o seu cérebro para resolver problemas. De resto, o segundo livro acaba por ser bastante mais próximo da típica história fantástica, com um rei deposto, uma bruxa má, algumas feitiçarias e até uma princesa perdida, embora o autor comece também a ser mais irreverente ao introduzir uma criatura criada por magia que quer morrer e até o conceito de alteração do sexo naturalmente aceite pelas restantes personagens. A relação entre o Jack Pumpkinhead e o Tip é também muito interessante e engraçada ao ponto de me por a rir sozinho a olhar para o texto.
Estes livros não foram realmente excitantes, não que não tivessem bons enredos ou que não oferecessem coisas em que pensar, mas julgo que o que falhou foi a escrita de Frank Baum não é, de todo, apaixonante. São livros para serem lidos na infância e parece-me que teria gostado bastante deles há alguns anos atrás. De qualquer forma, estou satisfeito por finalmente os ter lido! Tenho estado agora a ler Alice no País das Maravilhas e a sua sequela, de Lewis Carrol e quando me sinto concentrado o suficiente, Além do Bem e do Mal de Friedrich Nietzsche. Comecei ontem a ler A Dance with Dragons de George R. R. Martin que, a avaliar pelos livros anteriores, vai ser fenomenal!

Friday, 15 July 2011

Collins Complete Photography Course by John Garrett and Graeme Harris

This was the first of three photography books I decided to read as introduction into the theme, its techniques and creative possibilities. The one best thing I can say about this Photography Course is that reading it has really got me into trying my new Sony Cyber-shot DSC HX100V. If the title with the word "complete" might be an overstatement, in fact it does include most or all of the subjects one would expect to find in a technical photography book.
It starts by a quick review of the history of photography and then moves to a chapter on equipment with enough information for a newcomer to understand what kind of camera one should buy and what else is needed to produce the wanted results, from torch to tripods and even a swiss army knife. After this, the book has sections on exposure, aperture, shutter and lenses, interesting for both SLR or compact camera and film or digital users. Next, the authors introduce the reader to the planning and production of a photo and creative possibilities in sections such as composition, light, colour, filters and black and white. All of these sections include small projects to encourage the reader to try as he learns and small explanations on how the image achieved can go wrong. Finally, the last two chapters are on image enhancement (mostly, but not only, based on Photoshop) and management, organizing and printing images. I was glad to find that the book offers further reading advice and other strong points to it are the good quality images as examples to almost every concept and technique described, the reference of artists considered experts on them and the inclusion of a glossary and an index, sometimes forgotten but always useful in this kind of book.
All in all, this is a really good read for photography beginners such as myself and, though one might need more information on some topics or could be happy with less time spent reading about others, as what each reader knows and is interested in a priori is different, I believe most would be satisfied with the organization and clear explanations given in Collins Complete Photography Course.

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Este foi o primeiro de três livros de fotografia que decidi ler em jeito de introdução ao tema, à técnica e às suas possibilidades criativas. A melhor coisa que posso dizer sobre este "Curso de Fotografia" é que me encorajou a experimentar a minha nova câmara, uma Sony Cyber-shot DSC HX100V. Se é verdade que o título incluir a palavra "completo" é um exagero, de facto ele  aborda todos os assuntos que seria de esperar num livro técnico de fotografia.
Começa por uma pequena resenha histórica da fotografia seguida de um capítulo sobre equipamento suficientemente informativo para o leitor perceber que tipo de câmara e que outras ferramentas o leitor necessita para alcançar os resultados que deseja, desde lanternas e tripés até um canivete suiço. Depois o livro inclui secções sobre exposição, abertura, velocidade do obturador e objectivas, interessantes tanto para utilizadores de máquinas compactas como de SLRs sejam elas de filme sejam digitais. De seguida, os autores introduzem o leitor à preparação e produção da imagem e oportunidades para dar azo à criatividade, em capítulos sobre composição, luz, cor, filtros e fotografia a preto e branco. Todos as secções incluem sugestões de pequenos projectos para estimular o leitor a experimentar o que vai aprendendo e explicações plausíveis para o que neles possa correr mal. Os últimos dois capítulos são sobre manipulação (em geral baseado no Photoshop mas não limitado a isso) e organização e impressão das imagens. Foi bom encontrar conselhos sobre mais leituras sobre o tema e dois outros pontos positivos são as imagens de boa qualidade a ilustrar cada conceito e técnica descritos, a referência de artistas considerados peritos nas mesmas e a inclusão de glossário e índice remissivo, por vezes esquecidos mas sempre úteis neste tipo de livro.
Globalmente, esta é uma boa leitura para principiantes tal como eu e embora se pudesse precisar de mais informação nalguns temas e ficar satisfeito com menos tempo perdido com outros - dado que o que cada leitor sabe a priori é diferente - julgo que a maioria ficaria satisfeito com a organização e explicações simples e claras oferecidas pelo Collins Complete Photography Course.
Desconheço uma versão traduzida para português, mas o inglês utilizado não exige um conhecimento especialmente avançado da língua.

Monday, 11 July 2011

One Month to Live by Rick Remender

I ordered this book from Amazon.co.uk together with the first Heroic Age Avengers' compilations because I was interested in what the story promised. It's not the first time one hears about a random person getting superpowers in a comic and following someone who was just given a determined amount of time to live on account of a medical condition is not at all an original concept but I was open and willing to look for a new interpretation of this. And that was precisely what I didn't find.
Dennis Sykes - the main character - reacted mostly as one would expect him to, the plot was well developed, made sense and was coherent in spite of the many contributors but the most interesting events were his meetings with Spider-man and other Marvel celebrities just for the fun of it and even the end was generally predictable.
I admit that no single criteria should be used alone when commenting on any book but in this case I considered the originality of paramount importance. On the other hand, I must emphasize that the story was well written, specially when by Rick Remender, and the illustrations were good, particularly the ones drawn by Andrea Mutti, Koi Turnbull, Shawn Moll - issues 1 and 2 - and the all of the issues' covers by Michael del Mundo.
Overall it's not a bad comic book but it wasn't really exciting and by no means nearly as thought provoking as I expected.

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Encomendei este livro na Amazon.co.uk junto com as compilações dos primeiros números dos Avengers na Heroic Age porque fiquei interessado no que a história prometia. Não é a primeira vez que se vê banda-desenhada sobre uma pessoa qualquer adquirir super poderes e a história de alguém que descobre ter uma determinada quantidade de tempo para viver por sofrer de uma doença fatal não de todo um conceito original, mas eu estava aberto a novas interpretações, algo que não encontrei neste livro.
A personagem principal - Dennis Sykes - reage essencialmente tal como seria de esperar, com um argumento bem desenvolvido e coerente apesar da contribuição de vários autores mas cujos momentos mais interessantes foram os encontros com o Spider-man e outras celebridades da Marvel, quanto mais não seja pela piada e até mesmo o final foi, em geral, previsível.
Admito que não devo basear um comentário sobre uma obra num só critério, mas neste caso considerava a originalidade de singular importância. Por outro lado, é de referir que a história está bem escrita, particularmente quando da autoria de Rick Remender e as ilustrações são boas, especialmente as de Andrea Mutti, Koi Turnbull, Shawn Moll - 1º e 2º números - e as capas por Michael del Mundo.
Em geral é uma leitura razoável mas pouco emocionante e ao contrário do que esperava, de acordo com o tema, não me instigou a reflectir sobre o assunto ou a pensa-lo de novas formas.

Sunday, 3 July 2011

Mythology: Timeless Tales of Gods and Heroes by Edith Hamilton

I've been interested in Mythology since I was a kid, but I never got to read the original texts or any books about it. I did spend some sleepless nights devouring the information at Wikipedia, first on Egyptian, then Greek and Roman and finally even on Norse myth. Knowing this a friend lent me Edith Hamilton's book and I read it as soon as I could, coincidentally, at the same time I read the first half of Neil Gaiman's American Gods, a very original modern take on myth.

Mythology:  Timeless Tales of Gods and Heroes proposes to give the reader a walk through the most important myths drawing as possible directly from the texts and original authors that brought their knowledge to later civilizations. Examples as Homer, Virgil, Ovid and Euripides are surely known to most people that are interested this theme. I was a bit disappointed to find out that it was mostly about Greek and Roman mythology, I'd have enjoyed reading more about others but this by no means kept me from enjoying it. The author covers a lot of what is known, ranging from creation myth to specific stories of gods and human heroes, including of course the epics as the Quest of the Golden Fleece, the Iliad, the Odyssey and the Aeneid but is by no means limited to those. In fact, some of my favourites were short ones about lesser gods or humans' not at all epic as for example Biton and Cleobis'. The way Edith Hamilton decided to transmit these stories is also quite interesting. At the start of each chapter she talks about the poets who first wrote those specific tales, which were the ones she decided to use as source and why, whether it was because they were the most complete or because she likes their style best. As she writes, she adapts most of the original texts, adds some quotes, comments, interprets and gives context to the tales. Although the beginning feels slow and at times confusing, as one continues it enthrals the reader and becomes easier and pleasurable. The last part of the book is the small introduction to Norse Mythology, with some stories and the identification of the main characters, while at the same time comparing it to the Greek and to humanity itself, showing it as a more sombre myth, frustrating and simultaneously somewhat conformed to the hardness of life and inescapable death.

More than only getting to know the classic mythologies, this book allows one to peek into the minds of the Greek and Roman people, notice the evolution of the stories and feel the belief fading as they are told by more recent authors. One thing that came to mind often is how human centred they are, how the gods end up behaving pretty much as humans do, being petty, loving, hating, envying, powerful and immortal as they are. The Norse gods seem to me more inspiring, probably because, not being omnipotent - themselves just living until Ragnarok, when they are sure to be defeated and die - they are more similar to humans and would probably help people fight through their lives, face the problems to which they found no solution, giving them purpose, even if it's not fighting for a blissful eternity as nowadays more prominent religions came up with. I must say though that I still have much to read and find out about the Mythology of the Norsemen.
Overall, Mythology: Timeless Tales of Gods and Heroes is good as a first look into the theme, interesting enough for those that already know some of the stories but want a closer look and an organized source and is probably even good to keep as a myth encyclopaedia to peek into it once in a while.

Saturday, 2 July 2011

A new direction

I've been thinking hard about this blog, it's purpose and utility for me and for any who follow or just randomly pass by. I'm sure I want to keep a blog, there's a lot of stuff out there I like to share and/or talk about. On the other hand, I have little time to concentrate in order to provide well thought and written posts frequently enough. Of late, I have been considering other themes to talk about, like politics, not only international but also Portuguese internal issues and for that matter, I'll probably start writing in Portuguese. 
Alas, from all the mumbo-jumbo that's been going on in my mind, an idea has stepped out as the only option to keep the blog alive and that's what I'll try working on. There is no better way to show where I want to go with all this than to share Dan Pink's TED talk, on the "surprising science of motivation".



I need my blog to be a space where I let my internal motivation fly, see where it goes and feel free to go back or move on just because I want to or need to, because I can. Maybe that will help me keep working on the blog as long as possible.
From this post forward, this blog will have posts in English, others in Portuguese and might even have some with translations, and I won't be doing regular reviews of all the books I read any more but mostly simple comments with the main ideas I get from some of them, so that I have time to share other stuff and talk about what comes to mind as interesting enough as time goes by. Another thing you'd notice is that I dropped the ranking when reviewing films or books all together, I don't feel the numbers are fair to them and they usually don't really add much to what I want to say. I'm about to buy a camera so expect to see some of my attempts to do anything interesting with it as I learn. It does seem a bit pretentious but I believe this will make Omnilogikos more accessible for those it might be of interest, each post for itself, and those who can only understand one of the languages can always ignore the other posts completely.
I changed the blog's appearance and don't feel like going back and correcting all the consequent formatting errors so bear with me on that if you are going to check previous posts. Still not sure if I'm going to keep the actual template and colour theme.


And now, to try all this and see what happens.

Friday, 1 July 2011

Zimoun - Sound Sculptures and Installations

If at all possible, watch this in absolute silence apart from the video's own sound and enjoy an odd sense of tranquillity. I am in awe.


Thanks to Sofia Romualdo for showing it to me.
Obrigado!

Monday, 17 January 2011

Two very interesting ideas

I've been absent and even considering abandoning the blog altogether because I don't feel I can dedicate enough time to it. I can no longer follow the blogs I used to and I definitely can't write the book reviews that fueled this. In spite of all this, when I listened to these talks I felt an urge to come here and share them. They convey some concepts worth attention and, I hope, thought-provoking enough to change some views.

Gaming to re-engage boys in learning


Gaming can make a better world


I've been thinking about coming back to the blog just to share information and opinions and write small comments about what I read and watch. We'll see how it goes.